quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Num templo qualquer...

... com fervor, com adoração, com clamor, com temor, com fé. Rezou. Ajoelhado no último banco da igreja, mãos juntas, dedos entrelaçados, olhos fortemente cerrados e boca seca.

- Pai, desde a infãncia aprendi a confiar no Senhor. Sei que escreve certo por linhas tortas, mas isto é motivo pra tanta dor? Todo dia me vejo a pedir ajuda por aqueles que precisam, e não, agradecendo por nada de ruim ter acontecido ao mundo.
É injusto. Se tu não castigas, seriam então, tais acontecimentos, aleatórios ou fruto da burrice do próprio homem. Se for assim, tu nos abandonastes à própria ignorância.
É injusto. Se tu castigas, então está punindo tua própria criação que por tua vontade tem o "livre arbitrio". Foi o Senhor mesmo quem nos deu esse dom que os anjos não tem, o de fazer nossas próprias escolhas. Punir os que não seguem esse ou aquele caminho, não seria pura hipocrisia? Se nós o decepcionamos com nossas escolhas, sendo um ser oniciente, ja sabia quais escolhas fariamos, então, nos colocou de propósito no mundo para sofrer? Sem entender, lhe peço mais uma vez: Ajude aqueles que mais precisam, e não permita que tanto sofrimento e crueldade continuem aterrorizando o mundo. Amém.

Ao terminar o Padre levantou, respirou fundo, abriu os olhos e após algum tempo constatou o fato... ... nada havia mudado.


4 comentários:

  1. olhaaaa não sabia q vc tinha blog, que legal
    e bomba isso aqui heim!
    te seguirei tbm
    :)

    beijo

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  2. juro que tenho medo de prestar mais atenção nessas "ausências" e constâncias de silêncio as minhas preces feitas...


    gritosquenaodei.blogspot.com

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  3. ;d

    em particular gostei- me muito desse post,
    e relação ao blog, faz muito meu estilo,
    sou um leitor.

    O Poeta de Plutão

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